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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Para Não Secar a Fonte



Se minhas lágrimas fossem sementes
E meus pés não estivessem no chão
Nas asas de um sonho muito distante
Regaria as mentes de uma multidão.

Se o solo de concreto
Permitisse a transpiração
Meu choro não inundaria cidades
Afogando pobres sem pão.

Nasceriam grandes árvores
Sentiria o cheiro da fertilidade
Não deixaria que nada vos faltasse
E não andaria com uma pedra na mão!

Pra quem só pensa no desastre
Vivendo o copo meio vazio
Beba o copo meio cheio
... Sinta o alívio.

Mas se de repente parasse
Simplesmente abrisse mão
Não lhe contaria a verdade
Plantaria destruição.

Se o intuito de quem nasce
É crescer num batalhão
Só acordará quando ouvir:
"Pare! Coloque sua arma no chão!"

Para não secar a fonte
Que nasce no meu peito
Pego as asas de um sonho
E faço um voo perfeito.


                                                                                                                   Antonio F. Bisneto
manuscrito de 23.05.2005 





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