Poetizando com o Poeta Lenine
Não é seguro me seguir
Nem mesmo me trancar num quarto escuro
Querer sair só
Sem vozes a ouvir
Esperar do mundo
O que não se é esperado por nós
Uma paciência que rege caminhos
Que percorre olhos negros
E faces vazias
Tudo pedindo calma
E eu pedindo todas elas juntas num só ser
Todo tempo se acelerando
E não me demorando para voltar
Seguindo sem ver
O mundo girar
E eu pedir paciência
Sem notar o ultimo pôr do sol
Com a onda quebrando na praia
Misturando espumas com o vento
Lembrando do silêncio das estrelas
Da ilusão ao pensar que tinha o mundo em minha mão
Um sinal, uma porta pro infinito, irreal
Enfim, o que não pode ser dito afinal
Foi calado por um atirador de almas
Que até acabar a dor
Apaga a luz
Descarrega o tambor
Comprando a vingança alheia
De um olhar negro
Curioso a saber
Como cruzar a divisa de almas distintas
E peles distantes
Que se cruzam na questão incoerente
De querer descobrir de onde vem a canção
Que despenca do céu
Que o vento inventa
Que a gente adora
E a materializa na alma por toda a jornada
- Kamila Novaes -

"Estava ouvindo as músicas do Lenine, e acabei fazendo uma "história poética" de alguém que vivesse a alma das canções dele, foi mesmo um devaneio que tive." - relato da autora.
Mais de Kamila Novaes: literatd.blogspot.com.br/
Muito obrigado pela synergia, Kamila!
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