O céu, o véu, você, e eu
O mar, o ar, e o azul, sem fim
A árvore, o caule, da raiz, até a folha
O bar, a cerveja, os amigos, na esquina
A bola, a areia, o Sol, e o vento
Asa delta, gaivota, térmica, e a ilha
Isolado, em meio à multidão
Desconhecida, procuro alguém
Não cessa meu buscar
Sempre querendo encontrar, um bom lugar
De paz, amor e compreensão
Pois esta cidade, armada e violenta
Parece não ter mais solução
E a minha sobrevivência, parece um milagre
Em meio à toda violência, em meio ao desastre
Desde a ausência da família, a educação sucateada
Que não educa nada,
Do país que cobra caro, e abandona seus filhos
A trilharem seu caminho, com fuzis ideológicos
Sonho de liberdade, desatar o laço com a miséria
Ser consumidor também, sonhos que vão além
Mas se fazem dissonantes, com a sociedade predisposta
A obter controle total a qualquer preço
Aplicando força e repreendendo
Não é esse tipo de sociedade que queremos.
As religiões apontam uma salvação
Porém os fiéis acabam na escravidão
Numa vida de servidão, para poucos gozarem de bênção
E eu, na solidão, em meio à multidão
Procurando eco pra minha razão
Acabo esquecendo, do meu pensamento
Que voa longe, tentando encontrar você!
Antonio F. Bisneto
23.09.2009
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